domingo, 8 de fevereiro de 2009

A vida que ninguém vê

No livro, Eliane Brum vai a campo, em busca de vidas diferentes dentro de uma mesma sociedade. Pessoas simples, que viviam no anonimato. O talento de Eliane mostrou que não existe história somente quando o homem é quem morde o cachorro. Ao extrair personagens antológicas de onde os outros só enxergariam a mesmice, A autora faz histórias da vida real com pessoas simples em situações corriqueiras, inovando o jornalismo brasileiro.

Para produzir as crônicas, Eliane percorria três etapas:

* Na primeira, era a tarefa mais crítica, pois ela precisava inspiração e sensibilidade para escolher seu personagem.

* Na segunda, a entrevista. Que tenta extrair o máximo, passado confiança e profissionalismo para o entrevistado.

* Na terceira, era a tarefa mais fácil para Eliane, escrever.

É assim que a autora relata as histórias extraordinárias de vida anônima. Eliane mergulha no cotidiano para provar que não existem vidas comuns. Com certeza você não irá mais se esquecer de personagens como Adail, o carregador de malas do aeroporto que nunca havia voado. Do Geppe Coppini, o mendigo de Anta Gorda que nunca pediu nada. Ou de casos inusitados como do Alemão, o macaco que fugiu da jaula e foi ao bar beber uma cerveja. O livro traz 23 histórias inéditas que mudarão o seu jeito de olhar as coisas.
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Autora


A jornalista Eliane Brum, 42 anos, ganhou mais de 30 prêmios de reportagem, no Brasil e no Exterior. Gaúcha nascida em Ijuí, no Rio Grande do Sul, sempre olhou para a vida e para as pessoas de uma maneira diferente.

Formou-se em jornalismo pela PUC, e logo começou a trabalhar no jornal Zero Hora em Porto Alegre, onde ficou por 11 anos. No jornal, fez um dos trabalhos que considera como dos mais especiais que já realizou: “A vida que ninguém vê” – uma coluna publicada nas edições de sábado no final dos anos 90 contando histórias da vida real.

Atualmente, Eliane Brum é repórter especial da revista Época, em São Paulo. Em 1994, publicou o livro Colunas Prestes – O Avesso da Lenda, pelo qual recebeu o prêmio Açoriano de Literatura como autora revelação. Em 2005, lançou o curta “Uma história Severina”. O documentário vencedor de seis prêmios, conta a história de uma mulher grávida de um feto sem cérebro.

* O livro foi vencendor do Prêmio Jabiti 2007 - Melhor livro de reportagem.

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